Para solucionar esse tipo de situação, não há outro tratamento a não ser a cirurgia plástica; um procedimento simples e realizado até em crianças a partir dos 6 anos, quando da ocorrência, por exemplo, de: orelhas assimétricas, excessivamente grandes, salientes em um ou os nos dois lados, com alguma deformidade, rasgadas no lóbulo (proveniente do uso de alargadores) e que já foram operadas, mas o paciente está insatisfeito com o resultado.

No pós-cirúrgico, normalmente os curativos são feitos com pomada cicatrizante e gaze. Eles são realizados no final da cirurgia e removidos depois de um período de 24 a 48 horas, no consultório, pelo profissional. Se houver a necessidade de um novo curativo, o paciente (ou seu responsável) será orientado do modo como fazê-lo.

Além disso, especificamente nos casos de cirurgia para correção de “abano”, deve ser usada uma faixa de tecido compressiva, retirada apenas para o banho, mas utilizada 24 horas por dia, durante um mês. Também é normal que haja inchaço e vermelhidão. Com o decorrer dos dias, esse aspecto vai melhorando até completar a cicatrização.

O uso dos óculos é permitido até por cima do curativo, fixado com esparadrapo na faixa, desde que não pressione muito a cabeça. Depois de retirado o curativo, deve-se evitar que os óculos apertem a cabeça, ou atrás da orelha; o ideal é que sejam reajustados ao rosto. Alguns pacientes aprendem, ainda, a prender as hastes dos óculos acima da inserção da orelha à cabeça, com o uso da própria faixa, que deverão usar por um mês.

Os riscos da otoplastia são os mesmos inerentes a qualquer cirurgia ou anestesia, reduzidos com uma boa preparação no pré-operatório e realizando a cirurgia com um especialista em cirurgia plástica e em local com recursos adequados, clínica ou hospital preferencialmente.

Pode haver sangramento, hematoma, dor, inchaço maior que o previsto, infecção ou até mesmo permanecer uma assimetria, principalmente em orelhas de adultos, que possuem a cartilagem mais dura, tendendo a diminuir o ângulo da correção e voltar ao abano. Esses casos podem ser, em boa parte das situações, evitados, mas caso aconteçam, um especialista apto a avaliar cada caso pode corrigir, orientando o tratamento adequado ao paciente.